sábado, 20 de julho de 2013

ALFABETIZAÇÃO EM MAGDA SOARES E ANTÔNIO AUGUSTO BATISTA



LET 175 / M 11 / ALFABETIZAÇÃO / Profa. Carla Coscarelli
ALUNO: RAQUEL TELES YEHEZKEL

ATIVIDADES: 5, 6, 9 e 11 (p.30; p.40; p.51; 54)

DATA: 19.03.2007
FONTE: SOARES, Magda Becker e BATISTA, Antônio Augusto Gomes. Como aprendemos a linguagem. in: Alfabetização e Letramento. Belo Horizonte: Ceale, Fae, UFMG, 2005.



ATIVIDADE 5 (p. 30-31)



a) O que a criança pensa sobre a escrita?
Escrita 1 (p.28): Que escrever e desenhar são um único processo.
Escrita 2 (p.28): Já percebeu que a escrita é não é desenho. Também já estabeleceu os princípios relativos à quantidade mínima de letras e à variedade interna das letras. Por isso tenta imitar a escrita de um adulto fazendo algo que já não é desenho, mas que ainda não são letras.
Escrita 3 (p. 29): Já sabe que a escrita é representada por letras. Já percebeu também os princípios relativos à quantidade mínima de letras e à variedade interna das letras. Capta que as palavras são silábicas, utilizando uma letra que, de fato, corresponde a um dos sons da sílaba representada.
Escrita 4 e 5 ( p.29): Reconhece a natureza fonográfica da escrita, tem percepção silábica, mas escreve letras aleatórias que não representam sons presentes na sílaba representada.
Escrita 6 (p.30): Percepção alfabética ou fonética (para cada som uma letra) percebida pela combinação de consoantes e vogais, mas escreve como fala.

b) A criança começa a se apropriar da escrita antes mesmo de entrar para a escola.
Segundo os estudos de Piaget o processo de aprendizagem da escrita se inicia antes mesmo da escola, no contato da criança em seu meio com a linguagem escrita.
            Ex: através de placas de sinalização e de lojas, de logomarcas e nomes de jornais, revistas e programas de TV.
Esse processo de apropriação possui natureza conceitual: formulação de perguntas e a construção de hipóteses em resposta a essas perguntas.
O aprendizado da escrita não é imitação mecânica, mas a compreensão do que ela é e de como funciona. Ao tentar compreender a escrita a criança faz perguntas e dá respostas baseadas na experimentação, estabelecendo hipóteses e princípios e reelaborando-os progressivamente.
Ex: Quando distingue escrita e números de desenhos e passa a fazer rabiscos elaborados na tentativa de escrever.

c) 1.F / 2.V / 3.F / 4.F / 5.V

d) Como aprendemos a linguagem escrita? O que aprendemos quando nos alfabetizamos?
Por meio de experimentações estabelecemos hipóteses e as reelaboramos, num processo progressivo, até apreender a escrita. Aprendemos que a escrita representa os sons da fala, ou seja, das palavras, passando a dominar essa linguagem simbólica. Percebemos, por fim, que não escrevemos exatamente como falamos e que há certas convenções que regem a escrita.                                               


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ATIVIDADE 6 (p. 40-41)


a) Sabonete / Lâmpada / Azeite / Arroz / Café / Mel

  • Criança que não distinguisse desenho de escrita.
As ilustrações encontram-se no livro, na página 40.
  • Que não tivesse estabelecido o princípio da quantidade mínima de letras.
AAL / P / E / OO/ C / E
  • Que não tivesse estabelecido o princípio da variedade interna das letras.
AAA / AAA / I / OOO
  • Que tivesse estabelecido o princípio da quantidade mínima de letras.
ABB / APA/ ZTI / AOR/  APE / TE
  • Que tivesse estabelecido o princípio da variedade interna das letras.
ABB / APA/ ZTI / AOR/  APE / TE
  • Que tivesse estabelecido a hipótese silábica, mas não usasse, ainda, letras que, de fato, são utilizadas na grafia das palavras.
OAOA / ETD / TAD / RA / EA / TB
  • Que tivesse estabelecido a hipótese silábica, mas usasse letras que, de fato, são utilizadas na grafia das palavras.
AOEI / AAA / AEI / AO / AE / EU

b) Ver o exercício da Atividade 5 que julgo ter feito adequadamente.

c) Escreva as palavras abaixo como você as ouve.
 vassoura / peixe / muito / também / cantaram
              vaçora  /  pechi/ muintu / tambein / cantarãu

Nosso sistema de escrita é, como pensam as crianças, um sistema de representação dos sons da fala?
É inadequado dizer que nosso sistema de escrita é fonético ou alfabético, em que cada letra utilizada corresponderia a um som e vice-versa. Nosso sistema de escrita não é apenas um sistema de representação dos sons da fala, mas possui outras motivações que procuram anular a variação dos modos de falar. Por isso dizemos que é uma escrita alfabético-ortográfica.

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ATIVIDADE 9 (p. 51)


a) Releia as informações sobre os alunos na página 15 e caracterize-os utilizando os adjetivos “alfabetizado” e “letrado”.
Qual ou quais dos cinco alunos são alfabetizados, mas pouco letrados?
·        Marcos
Qual ou quais não estão ainda alfabetizados, mas já revelam ser letrados, em certo nível?
·        Júlia, Felipe e Luana
Há não alfabetizado e, ao mesmo tempo, não letrado?
·        Pedro
Há algum alfabetizado e, ao mesmo tempo, letrado?      ·  Daiane
b) Veja a resposta que deu na Seção 1 à diferença entre alfabetização e letramento. Reformule-a
Alfabetização: Processo de aquisição e domínio da tecnologia da escrita e de uso do sistema fontético-ortográfico da língua.
Letramento: Conjunto de práticas sócio-culturais da leitura e da escrita que denotam a capacidade de uso e/ou reconhecimento (de funções e de estruturas) de diferentes tipos de material que contenham códigos escritos e/ou numéricos.


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ATIVIDADE 11 (p. 54-55)


a) Discuta a afirmação: Há métodos que têm por objetivo a alfabetização – a aquisição do sistema de escrita –, adiando para depois dessa aquisição o envolvimento com práticas sociais de leitura e escrita – com o letramento.
            Há procedimentos metodológicos adotados na alfabetização que separam a apropriação do sistema de escrita e a conquista da leitura com compreensão e da escrita significativa. Há também aqueles que procuram desenvolver simultaneamente a aprendizagem do sistema de escrita e as capacidades de leitura e de escrita. Defendemos a idéia de que é possível e necessário articular alfabetização e letramento. É importante debater: Como isso é possível? Que atividades podem ser feitas? Que recursos podem ser usados para favorecer a elaboração e a seleção de atividades adequadas?

b) Fale sobre seu processo de alfabetização ou sobre o de seu filho.
Fui alfabetizada pela cartilha da “Lili”. Parece que memorizávamos a lição e depois reconhecíamos algumas palavras-chaves repetidas nos exercícios e nas próximas lições. As palavras mais utilizadas no texto, como “doce”, iam sendo separadas silabicamente e, misturadas às sílabas de outras palavras já memorizadas, formavam novas palavras. Também líamos no quadro o “aeiou”, “babebibobu, cacecicocu, dadedidodu”, reparando que sons como “ca/cu” não eram os mesmos de “ce/ci”; nem “da/do” correspondia a “di”.
Meus filhos foram alfabetizados e letrados ao mesmo tempo. Tinham um livro didático que era todo recortável e, simultaneamente, escolhiam livros da biblioteca para “leitura”. Podiam ler com os pais, com a professora ou sozinhos (na maior parte por figuras) e depois expressar o que leram, seja em “rodinha” em sala, falando sobre o que “leram”, ou “escrevendo”, por desenhos e palavras. Jogavam “jogo da memória”; com nomes dos colegas, com ilustrações que correspondiam à palavra e depois com palavras separadas que se juntavam.

c) Atividades propostas para sala de aula envolvendo alfabetização e letramento:
1.      Quebra-cabeça – Fale ou escreva no quadro algumas palavras para seus alunos e peça a eles que montem , a partir delas, uma história. Lembre-se de dizer que essas palavras foram tiradas de um texto e quem se aproximar mais do texto original vai ganhar um prêmio.
2.      Roteiro de viagem – Sugira uma viagem para seus alunos (ao Rio de Janeiro, por exemplo) e proponha a seguinte tarefa: buscar na internet ou em um guia turístico os lugares que querem visitar, o hotel no qual pretendem ficar, os restaurantes onde querem comer e façam um roteiro de viagem com: data de saída e de volta, pontos turísticos a visitar, hotel, restaurantes, outras atividades de lazer.
COSCARELLI, Carla Viana. Livros de Receitas do Profesor de Português: atividades para a sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica,  2005. p. 31 e 116.)

d/e)  Releia o caso de Débora, à luz das discussões realizada nesta seção e responda novamente se ela é ou não alfabetizada e/ou letrada.
            A questão é polêmica e depende de como se define alfabetização. Débora já possui alguns conhecimentos e capacidades, mas precisa desenvolver outros. Ela já conseguiu a hipótese alfabética ou fonética. Por esse ângulo pode ser considerada alfabetizada. Entretanto, ela ainda: a) não domina certas associações entre grafemas e fonemas e certas estruturas silábicas mais complexas, tanto na escrita como na leitura (por esse critério, não será considerada alfabetizada); b) não aprendeu que nossa escrita tem natureza ortográfica (por esse critério, não será considerada alfabetizada); c) não tem compreensão e fluência na leitura, não consegue decifrar as sílabas mais complexas, não compreende textos, sentença e mesmo palavras (ainda precisaria dar mais passos para ser considerada alfabetizada).
            Quanto ao letramento, Débora pode ser letrada se considerarmos que ela reconhece  a estrutura e a função social de uma carta  e sabe utilizar-se dela em situação comunicativa. Também tem consciência da importância do uso que sua mãe faz da lista de coisas “para não ficar devendo” e que seu “pai costuma escrever as contas”.

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